domingo, 11 de outubro de 2015

Monsenhor Getúlio Cavalcanti Uchôa

Getúlio Cavalcanti Uchôa nasceu em Sirinhaém, Pernambuco, no dia 10 de junho de 1886, sendo seus pais Luiz Cavalcanti de Albuquerque Uchôa e Manoela Serafina de Barros Cavalcanti. São seus irmãos: Dr. Manoel Luiz Cavalcanti Uchôa, Dona Genoveva Cavalcanti Uchôa e Luíza Cavalcanti Uchôa.

Fez seus estudos eclesiásticos no Seminário de Olinda, e recebeu todas as ordens sacras das mãos do Exmo. bispo, Dom Luiz Raimundo da Silva Brito, que lhe conferiu o presbiterato a 8 de novembro de 1914.

Exerceu os seguintes cargos: vigário de Amaraji, capelão de santa Rita, vigário substituto de Beberibe e das Graças, vigário ecônomo de São Caetano, capelão da companhia de caridade e da Casa de Detenção do Recife, Procurador da Mitra (desde 1928), capelão do Colégio da Sagrada Família, membro do Tribunal de Contas, vigário geral “pro re econômica” (1952), e membro do Conselho de Administração e Comissão Central da Obra das Vocações Sacerdotais. Foi membro efetivo do Cabido Metropolitano ao renunciou por motivo de saúde, sendo nomeado cônego honorário da mesma entidade. Recebeu da Santa Sé os títulos de Camareiro Secreto do Santo Padre (1947) e Prelado Doméstico (1963).

Ele foi designado pelo arcebispo D. Sebastião Leme da Silveira Cintra assumir para a paróquia de São José do Amaraji em março de 1915, em substituição ao Padre José Alves Ferreira Ladim. No dia cinco do mesmo mês, realizou seu primeiro batizado na cidade. O neo-batizado foi um menino chamado José. Seu ultimo batizado foi oficiado em setembro de 1921, quando foi transferido para Recife. Seu substituto na paróquia foi o Padre Nicolau Leite Lira Souza.


Sua vida foi pautada pela prestação de serviços relevantes à Arquidiocese de Olinda e Recife durante quase meio século.

Monsenhor Getúlio Cavalcanti Uchôa faleceu no dia 22 de abril de 1964 e foi sepultado no Cemitério de Santo Amaro.

Criação do Distrito de São José da Extrema em 9 de junho de 1864


Criação da Freguesia de São José da Boa Esperança em 28 de Junho de 1884


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Freguesia de São José do Amaraji em 1911 - Contrução da Nova Matriz

PELOS MUNICÍPIOS – FREGUEZIA DE AMARAGY
(Diário de Pernambuco, 11.06.1911)

        Interessando aos habitantes desse florescente município as noticias que se seguem, pedimos-vos a gentileza de as transmitirdes ao público por meio de vosso conceituado jornal.

Achando-se quase a desabar as paredes externas da actual matriz, o nosso zeloso vigário, Padre Jeronymo d´Assumpção, logo que termine a construção da capella de Cortez dará começo aos alicerces da nova matriz, cuja planta lhe foi offertada pelo Dr. Tapajós, que graciosamente a confeccionou.

Sua Revma. calcula concluir as obras nesses dois annos, devendo ficar sendo o futuro templo, á vista de seu esboço architectonico, um dos mais bellos em nosso Estado.

Para dar início aos trabalhos, o Padre Jeronymo Higyno d´Assumpção conta com a valiosa offerta de 100 contos de réis: sendo vinte contos por parte do comendador José Pereira de Araújo; vinte, do Dr. Antônio Alves de Araújo; vinte, do Dr. Davino dos Santos Pontual; vinte, do Dr. Samuel Pontual e vinte, do coronel Silviano Rangel Moreira.

O Sr. D. Luiz de Britto, arcebispo da diocese, está disposto a dotar a nova matriz com dois sinos e as alfaias completas para os actos solemnes do culto.

Toda a madeira, taboado de tijolos que fôr preciso, serão fornecidos pelos coronéis Liberato José Marques e José Herminio Pontual, Dr. Epaminondas de Barros Correia e pela Baronesa de Contendas.

O ladrilho e mosaico, o padre Jeronymo d´Assumpção espera obte-los do barão de Suassuna.

A construção da matriz está orçada em 250 contos de réis.

As respectivas obras deverão iniciar no mez de setembro, próximo vindouro.

Tém sido muito concorridos os actos do mêz mariano nesta cidade.

          Em seu encerramento celebrar-se-á uma missa solemne.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Posse do prefeito Plínio Alves de Araújo em 1936.



Monsenhor Francisco de Assis Magalhâes Rocha "Padre Assis"

Nome que enriquece a história de Bela Cruz e do Ceará, de Pernambuco e de outros estados, pelas ações empreendidas pelo ilustre referenciado, pela obra que legara à posteridade, autenticando as páginas da história belacruzense com a marca registrada da inteligência, do trabalho, da liderança, da criatividade e do empreendimento.
Humilde, modesto, audaz e arrojado. Porém, revestido de uma indumentária muito própria no enfrentamento de seus desafios, na ultrapassagem dos limites do seu espaço e do seu tempo.
Monsenhor Assis Rocha é um religioso que prega o que determina o Evangelho com muita autoridade de conhecimentos e muita fé em Deus.
Suas missas são muito concorridas pelas crianças, jovens e adultos, pois a sua homília é sempre aplaudida no final.
Francisco de Assis Magalhães Rocha nasceu no dia 11 de outubro de 1940 na Fazenda Bom Sucesso. Filho de Raimundo Magalhães Rocha e dona Maria Benedita Rocha. É o 6º filho de uma família, composta de 21 irmãos, dos quais, oito são falecidos. Como a Fazendo não oferecesse condições para estudar e como eram muitos filhos, em 1947, seus pais, resolveram mudar-se para o Distrito mais próximo, no caso Bela Cruz, onde havia escola primária e os filhos poderiam iniciar no conhecimento das letras. Fez seus primeiros estudos em Bela Cruz.
Em fevereiro de 1952, concluído o 3º ano primário, com pouco mais de 11 anos de idade, ingressou no Seminário São José de Sobral Ceará, onde cursou o 5º ano primário, fazendo depois o exame de admissão, que lhe dava o direito a iniciar seu curso ginasial em fevereiro de 1953, no Seminário Dom José de Sobral.

Em 1960, fez o 1º ano de Filosofia no seminário Provincial de Fortaleza, Ceará. Nos anos de 1961 e 1962, cursou o 2º e 3º anos de Filosofia no Seminário Regional do Nordeste, em Olinda Pernambuco, onde também estudou os seus quatro anos de Teologia, até o ano de 1966. Ordenado sacerdote em quatro de agosto de 1968, logo foi nomeado vigário da Paróquia de Afogados da Ingazeira – PE.
Em 1970, licenciou-se em Filosofia, pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, da Universidade Católica de Pernambuco. De 1973 a 1976, cursou Sociologia na Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino, em Roma, onde concluiu o bacharelato e o mestrado, defendendo a tese O Fenômeno Frei Damião na Religiosidade Popular do Nordeste do Brasil. Monsenhor Assis Rocha como seminarista, estagiário e Padre, sempre foi muito ligado às comunicações sociais, mantendo ininterruptamente, programas de Rádio. Fez parte do Conselho Presbiteral das Arquidioceses de Olinda e Recife em Pernambuco e da Paraíba. Foi também secretário do Conselho Presbiteral da sua Diocese de Afogados da Ingazeira em Pernambuco.
No dia 1º de março de 1979 assumiu a paróquia de São José da Boa Esperança em Amaraji. Logo de sua chegada à cidade, deixou a população entusiasmada por seu dinamismo e atuação frente à paroquia. Iniciou logo uma campanha para recuperação e reforma da matriz, além de assistência a todos os setores da paróquia. Deixou a paróquia no dia 11 de setembro de 1983.
Em 1993, comemorou seus vinte e cinco anos de sacerdócio, ocasião em que recebeu o título de Monsenhor.
Em quatro de agosto de 2013 completou 45 anos de vida sacerdotal.
Monsenhor Francisco de Assis Magalhães Rocha voltou ao Ceará, em seis de dezembro de 2001, após 40 anos, afastado dos seus familiares. Em fevereiro de 2002, foi convidado pelo seu amigo, Professor Teodoro, na época Reitor da UVA, para trabalhar com o mesmo, iniciam ente como diretor da Rádio Universitária – Sobral e depois como pró-reitor de Articulação e Comunicação até 2006. Nesse ínterim, colaborou também com a Diocese de Sobral, assumindo, “pro tempore” a Paróquia de Santana do Acaraú, a área Pastoral de Aranaú, a direção do Jornal Correio da Semana de Sobral, até que D. Fernando Saburido assumiu a Diocese de Sobral, como seu Bispo, e o convidou para ser Assessor de Comunicação da Diocese. Atualmente exerce suas funções em Sobral, onde também é pró-reitor de Comunicação, da Universidade Vale do Acaraú – UVA.
Diretor Espiritual do Seminário Teológico de Fortaleza, depois Vice-Reitor e Vigário Paroquial de Bela Cruz. Para exercer tais atividades, o Monsenhor Assis Rocha, tem que viajar, semanalmente, dentro do triângulo: Sobral, Fortaleza e Bela Cruz. É muita estrada a ser percorrida por um quase safenado, aos setenta anos de idade. “É difícil entendê-lo, totalmente, com tantas idas e vindas, mas é essa sua personalidade ou, como queiram, sua virtude: um tanto irrequieto, mas sempre querendo acertar”.