Datas Importantes do Município de Amaraji

O Senhor Comendador José Pereira de Araujo

O SR. COMENDADOR JOSÉ PEREIRA DE ARAÚJO

GBS

O quarto Distrito de Paz da Freguesia de Nossa Senhora da Escada,

Situado numa região que, com uma terra muito fértil, foi agraciada,

Residência oficial do Major José Pereira de Araújo e seus familiares,

Comendador da Ordem Imperial da Rosa, pelo imperador, outorgada.

O ilustre cidadão, proprietário do engenho Garra e outros banguês,

Mente brilhante, ideias de vanguarda, um movimento local iniciou,

Envolvendo outros senhores de engenhos e moradores do lugar,

Na intenção de criar uma feira livre que a câmara da Escada, aprovou.

Da realização da primeira feira à criação de uma pequena localidade,

Até então, uma engenhoca chamada de São José do Cambão Torto,

Daí ao surgimento de uma pequena povoação foi um passo rápido.

O comendador sempre atento e presente e em seu plano absorto.

Ruas pequenas surgindo; um comércio e uma pequena capela a São

José da Boa Esperança votada, os moradores, na fé católica, cresceram,

Os banguês no seu entorno a produzir aguardente e açúcar preto,

Seus campos, além dos vastos canaviais, outras lavouras produziram.

Ele doou muitas terras para construção de casas, comércio e a igreja,

Pela educação muito interessado, edificou o primeiro prédio escolar,

E trouxe o missionário Frei Venâncio para iniciar a base da matriz,

Resultando num belo templo no qual os fieis a Deus podiam adorar.

Era irmão da baronesa de Amaragy e de seus dois casamentos, teve

Imensa descendência de filhos, netos e bisnetos. Na política presente;

Representava o Partido Liberal no Império. Na república, pertenceu

Ao Senado Estadual, sendo por três vezes, daquela casa, o presidente.

Dedicado de corpo e alma à causa do município e sempre presente,

Entrevistado, disso que Amaraji era seu filho mais velho, afinal,

Amava de coração a cidade que criou e de seus descendentes, cinco

Regeram os destinos da cidade, ocupando o governo municipal.

Neste ano do sesquicentenário, homenageemos essa pessoa ímpar.

Uma vez, logo após sua morte, uma estátua a comunidade planejou,

Já que ele fazia por merecer. Dele restou apenas um velho quadro que

O tempo apagou. E em memória do Sr. Araújo, apenas a praça restou.

Engenhos da Região de São José do Cambão Torto em 1868

Engenhos da Região de São José do Cambão Torto em 1868

        Engenho                    Proprietário(s) / Herdeiro(s) / Rendeiro(s)

Ajudante	Emilio Pereira de Araújo
Amaraji	Antônio Alves da Silva, Barão de Amaragy
Animoso	Herdeiros de Caetano Pinto de Almeida
Aripibu	Antônio José dos Santos
Aurora	João Manoel Pontual
Bamburral	Major José Pereira de Araújo
Batateira	João Manuel Pontual
Beija Flor	José Pedro Veloso da Silveira
Belo Monte	João Félix dos Santos
Boa Vista	Dr. João Francisco de Arruda Falcão
Bonfim	Viúva e Herdeiros de João Lins Wanderley
Bosque	Davino dos Santos Pontual
Cabeça de Negro	João Manoel Pontual
Caeté	José Pedro Veloso da Silveira
Contador	Francisco Antônio Pontual
Contendas	Antônio Alves da Silva, barão de Amaragy
Garra	Major José Pereira de Araújo
Lage	José Pedro Veloso da Silveira
Limão	Antônio Gonçalves da Silva
Maracujá	Francisco Antônio de Barros V. da Silveira
Maravilha	Felix Pereira de Araújo
Mariquita	João Manoel Pontual
Pedra Fina	Maria José da Fonseca
Pilões	Manoel Coelho da Silveira
Progresso	José Pedro Veloso da Silveira
Raiz	Antônio Alves da Silva, barão de Amaragy
Refresco	Herdeiros de José Rodrigues de S. Santos
Riachão	Herdeiros de José Rodrigues de Sena
Santa Cruz	Manuel Gonçalves Pereira Lima
Sete Ranchos	Bernardino Barbosa da Silva
Tolerância	Antônio Alves da Silva, barão de Amaragy
Tranquilidade	José Rodrigues Esteves
Visgueiro	Maria José da Fonseca

São José do Cambão Torto

Amaragy 1894 – Banguês, Usinas e seus Senhores

          Amaraji, do barão Antônio Alves da Silva,

          Silviano Moreira plantava em Ajudante,

          Amora, adquirido por Manoel Vieira de Melo,

          E Amorinha, da família Barbosa, era a fonte.

          Prefeito Rocha Pontual nas terras do Animoso,

          Em Aurora, o tenente Jerônimo Morais Rangel,

          Gonçalo José de Melo cultivava em Batateira,

          Florentino Melo, em Beija-Flor, fabricava mel.

          Família Peixoto, no sobrado de Bom Descanso,

          A senhora Francelina Caldas vivia em Bondade,

          Em Caetés, nasceu Carlos de Lima Cavalcanti,

          Tenente Muniz Filho, em Capivara, uma realidade.

          Clementino Fonseca moía cana em Caracituba,

          Em Conselho, Accioly de Vasconcelos se fez,

          Epaminondas, dono de Contendas, virou barão,

          E Veloso da Silveira, era capitão e dono de Cortês.

          Diogo, no distrito de Cortês, de Manoel Mendes,

          Joaquim Alves nos Entre Montes, era produtor,

          Extremoso da família de Félix Antônio Grisse,

          E de Floresta, João Bezerra Carvalho era o senhor.

          No Garra,  Manoel Siqueira e suas cachoeiras,

          Mariano Justino de Limoeiro, Girassol comprou,

          Galdino Esteves foi prefeito e dono de Guarani,

          Guloso era de Rocha Pontual, prefeito e agricultor.

          Capitão Florentino José Melo herdou Jaguarana,

          Em Maravilha, Dr. Paulo Monteiro e o comendador,

          José das Neves dava as ordens em Mariquita,

          Em Monte Pio, Miguel de Pontes, era o mantenedor.

          Nabuco era o orgulho de Miguel Coelho da Costa,

          O coronel Zuzu, com um dote, Não Pensei fundou,

          Em Ninho das Águas José Vicente Eufrásio atuava,

          Alfredo Calumby rendeiro de Opinioso se tornou.

          Liberato José Marques em Palmares mandava,

          Em Pedra Fina, o Capitão Hermínio, com paciência,

          Capitão Lima Ribeiro, em Pilões, Primavera fundou,

          E Hermínio Pontual ainda era dono de Preferência,

          Manoel Pacheco, no Raiz de Dentro, marcou era.

          Raiz de Fora, de Dr. José Domingues, genro do barão,

          Muitas noivas dos Esteves se casaram em Raiz Nova,

          Galdino Esteves, em Refrigerante, grande produção.

          E sue irmão José Esteves, em Refrigério Grande,

          José Francisco de Fraga, em Repouso, descansava,

          Republicano, fundado por Lourenço e Joaquina,

          Galdino Esteves, o Riachão do Sul, comandava.

          Riachão do Norte era de Bernardino Ferreira,

          Manoel Rodrigues Riacho de Pedras perdeu,

          Alfredo Pires de Almeida vivia em Rinoceronte,

          E Riqueza, ao Dr. Samuel Pontual pertenceu,

          Manoel do Carmo, pai dos Esteves, em Risco,

          Antônio Batista, na Roseira, era produtor,

          O Sangue pertenceu a José Filipe da Silva

          E Elisiário Nunes, de Santa Cruz, era o mentor.

          Saudade, de Alfredo Calumbi e dos Bernardo,

          Rocha Ferraz entre outros, em Sete Ranchos, viveu,

          Tapuia, arrendado a Manoel Barbosa de Farias,

          E Teimoso, Francisco da Rocha Pontual vendeu.

          Timorante já foi de Luiz Leocádio Paes Barreto,

          Tenente Almeida Bastos, de Tolerância, era o dono,

          Tranquilidade, de um Aguiar, cunhado dos Esteves,

          E o comendador, na usina Bamburral, em seu trono.

          Capitão Davino Pontual fundou a usina Bosque,

          Usina Cabeça de Negro, de Antônio Santos Pontual,

          Vila Acioly era o quarto engenho dos Liberato,

          E Dr. Paulo Monteiro, em Visgueiro, não ia mal.

                                                 GBS

Poetando pelos Engenhos - Engenho Amorinha

Poetando pelos Engenhos - Engenho Republicano

Poetando pelos Engenhos - Engenho Garra

Poetando pelos Engenhos - Engenho Amaraji

Homenagem ao Sesquicentenário de Amaraji (3)

Homenagem ao Sesquicentenário de Amaraji (2)

Homenagem ao Sesquicentenário de Amaraji