sábado, 22 de novembro de 2014

Personalidades de Pernambuco em 1913


Algumas personalidades do Recife, Pernambuco: 1) Dr. Manoel Gomes de Mattos; 2) Dr. Manoel Pontual; 3) Dr. Luiz Corrêa de Brito; 4) Comendador José Maria de Andrade 5) Major Deodoro Corrêa; 6) Frederick Lundgren; 7) O falecido cel. Manoel Antonio dos Santos Dias; 8) O falecido barão de Frecheiras; 9) Major Antonio dos Santos Pontual; 10) O falecido Leocadio Alves Pontual; 11) Dr. H. Bandeira de Mello; 12) J. G. Pereira Lima; 13) H. Perey Caley; 14) Cel. Cornelio Padilha; 15) Dr. Samuel Pontual; 16) Dr. Davino dos Santos Pontual; 17) Dr. José Candido Dias; 18) Comendador José Pereira de Araujo; 19) Adolpho Cavalcanti de Albuquerque; 20) Bento Brito; 21) Dr. André dos Santos; 22) B. H. Tuckniss; 23) Cel. Thomaz d'Aquino Pereira; 24) Augusto Cavalcanti de Albuquerque; 25) Dr. Z. Marques da Silveira Lins; 26) O falecido Hermann Lundgren

O nº 8 é o barão de Frexeiras, o nº 18, o senador Davino Pontual e o nº 18, o comendador José Pereira de Araújo.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Hino do Abrigo e Escola de Menores de Amaraji



Placa de Inauguração do Abrigo e Escola de Menores de Amaraji



Os 60 anos de Fundação do Abrigo e Escola de Menores de Amaraji


No dia 28 de fevereiro de 1953, com fundamento no Código de Menores da República, o juiz de direito da comarca, bel. José Sirone de Vasconcelos criou o Serviço de Assistência e Proteção aos Menores de Amaraji. Este órgão tinha por objetivo: assistir e proteger os menores pobres, abandonados e infratores; inspecionar as suas condições de vida e proporcionar àqueles em idade escolar e que não frequentavam nenhuma escola, o ensino primário gratuito, mediante matrícula compulsória e ensino profissional àqueles em idade e condição de aprendizagem.

O Serviço de Assistência e Proteção aos Menores mantinha uma escola com matrícula superior a cinquenta alunos, funcionando nas instalações do Grupo Escolar Dom Luiz de Brito. Cada aluno recebia gratuitamente um uniforme de brim mescla, material escolar e uma merenda diária. Os mais velhos eram encaminhados a oficinas particulares, aprendendo as profissões de sapateiro, ferreiro, funileiro, alfaiate e cabeleireiro.

Com o pensamento de dar uma menor assistência àqueles menores e adolescentes, surgiu a ideia da construção de um imóvel que servisse de escola e moradia para os mesmos. Com esse pensamento, juiz, prefeito, empresários locais e o povo do município alavancaram o projeto da construção do Abrigo e Escola de Menores. O terreno foi cedido pelas Indústrias Luiz Dubeux S. A., proprietárias da usina União e Indústria. Além do terreno de três hectares, o empresário Luiz Dubeux Júnior doou a importância de doze mil cruzeiros. O Governo do Estado abriu um crédito especial de cinquenta mil para a obra. Outras doações: o industrial João Pessoa de Queiroz, cinquenta mil; a firma Siqueira Cavalcanti Irmãos, doze mil; o Dr. Antônio Alves de Araújo, doou a madeira do teto avaliada em doze mil; os herdeiros de Liberato José Marques, dez mil e o Sr. Moisés Rodrigues Esteves, cinco mil cruzeiros.
Em 1953, na época da campanha para construção do Abrigo e Escola de Menores de Amaraji, Álvaro Soares de Melo e a professora Elvira Sotero Fontes foram os dois maiores suportes no trabalho do juiz da comarca, Dr. José Sirone de Vasconcelos, o idealizador do projeto, percorrendo os vários recantos do município em campanha para angariar donativos para a construção do prédio e inauguração de suas instalações. O abrigo destinava-se a atender menores carentes, órfãos, ou meninos de rua, em regime de internato, proporcionando-lhes educação primária e ensino de algum ofício para que eles fossem inseridos no mercado de trabalho da cidade.

O Abrigo começou a funcionar no segundo semestre de 1954. Os menores carentes e sem família viviam internos na instituição, onde estudavam e aprendiam algum ofício. A instituição funcionava em regime de internato e externato. Eram internados os menores encontrados em estado de completo abandono a partir dos seis anos de idade e os delinquentes (termo usado na época), para cumprimento de medidas aplicadas por fato considerado infração penal. Anexo ao prédio do abrigo havia uma escola para ambos os sexos que funcionava em dois turnos, estando lotadas na mesma uma professora estadual e uma municipal.

Na escola, além dos menores internos eram matriculados, compulsoriamente, os abandonados intelectuais, a cujos pais sempre faltam idoneidade moral ou recursos econômicos para compeli-los a aprender as primeiras letras.

Os internos recebiam alimentação, assistência médica, vestuário e tudo mais que necessitavam, gratuitamente. Aos externos eram fornecidos o material escolar, fardamento e assistência médica em seus lares, notadamente, em caso de enfermidade de acordo com as possibilidades de cada um e as do abrigo.

A instituição possuía oficina de sapateiro, alfaiate, corte e um campo para plantações, destinados à iniciação profissional e agrícola.
Em 1958, a instituição era mantida com uma percentual da Taxa de Assistência aos Menores Abandonados, criada pela Lei nº 2.117, de 27 de novembro de 1956; vez por outra com alguma subvenção extraordinária do Governo Federal, além de um auxílio de Cr$ 18.000,00, constante do orçamento do Estado.

O(a) diretor(a) do abrigo era um funcionário da prefeitura colocado à disposição do Juiz de Direito da Comarca. Havia também uma senhora que residia no abrigo e exercia a função de censora. O diretor percebia uma gratificação mensal de setecentos cruzeiros e a censora, uma de quinhentos. Eram os únicos funcionários da instituição, além das duas professoras. Não conseguimos registros referentes a matrícula de alunos no ano da fundação, mas, no ano de 1958, o abrigo mantinha 18 menores internos e 76 externos.

Sua primeira diretora foi a professora Elvira Sotero Fontes. Ela que fora aprovada em concurso da Secretaria de Educação em 1947, ensinava turmas do supletivo e acumulou o cargo de diretora da nova instituição.

Começou a funcionar no segundo semestre de 1954.

Em fevereiro de 1955 a professora Abiacy Lins e Silva foi transferida do DLB para a escola do Abrigo de Menores e em 1961 a professora Amara Ramos ficou à disposição daquela instituição.

Depois de Elvira Sotero Fontes, passaram pela direção do abrigo os seguintes diretores: Edmundo França Lima, Amaro Graciano da Silveira e Antônio Bezerra de Medeiros e Auzírio Rodrigues dos Santos.

     Na segunda metade da década de 1960, o abrigo começou a cair em decadência e suas atividades foram encerradas. Em 1968 o prédio foi repassado para a administração do estado que, após recuperação e adaptação do prédio, inaugurou em 1969 o Centro Comunitário de Amaraji, administrado pela antiga Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor, FEBEM.