Nasceu
no dia 20 de julho de 1909, na vila de Uruçu Mirim no município de Gravatá.
Seus pais Victor José Alves e Maria José Alves, viviam modestamente no antigo
lugarejo até fevereiro de 1916, quando se mudaram para Amaraji, com a
determinação de instalarem na pequena cidade e abrirem um estabelecimento
comercial.
Apesar
de seus pais serem pessoas simples, sem cultura acadêmica, Erasmo desde cedo
demonstrou o seu interesse pelos estudos e foi um aluno brilhante, sempre
elogiado pelos mestres. Cursou o primário em Amaraji, nas escolas públicas
regidas pelos professores: José da Hora Beda, João Hermínio Borges, Mariana
Gouveia e João Vital, respectivamente. Fez até o primeiro ano ginasial no
Ginásio Osvaldo Cruz no Recife. Voltando para Amaraji passou toda a
adolescência e juventude trabalhando com o pai no seu estabelecimento comercial.

No
dia 18 de setembro de 1929, num oratório privado da cidade, com 20 anos de
idade casou-se com Levina Tavares de Vasconcelos de 21 anos, jovem de origem
pobre, vinda da cidade de Bonito em Pernambuco. O casamento religioso foi
realizado pelo padre Paulo Hermógenes do Rego Monteiro e suas testemunhas foram
os senhores Odilon de Albuquerque Melo e Júlio Leocádio da Silva. O casal teve
seis filhos: Amarinha, Terezinha, Helga, Garibaldi, Eleuses e Dirceu.
Ao
longo dos anos, Erasmo exerceu várias e destacadas funções públicas em Amaraji,
entre as quais a de escrevente interino do cartório de notas; primeiro
substituto do preparador de juiz de direito; vereador da Câmara Municipal, da
qual foi presidente; advogado dos presos pobres da comarca; secretário da
prefeitura na administração do prefeito Sebastião Gomes de Andrade. Representou
o município de Amaraji no Congresso das Municipalidades, realizado em Recife,
no governo de Barbosa Lima Sobrinho.
Juntamente
com alguns amigos intelectuais da época, fundou o jornal “A Voz de Amaraji”, de
importante expressão sociocultural e que circulou durante três anos em edição
mensal.
Foi
correspondente do Jornal do Comércio em Amaraji, de 1945 a 1954. É autor do
hino do Colégio São José da Boa Esperança. Em 1955 transferiu-se para Paudalho
onde exerceu o cargo de secretário da prefeitura daquela cidade por três
gestões, diretor de expediente e oficial administrativo, cargo que exercia
quando se aposentou em 1979.
Em
1976 converteu-se à religião evangélica Batista e, a partir daí, dedicou-se ao
estudo do Evangelho, dando exemplos de fé, humildade e solidariedade em sua
igreja e sua comunidade. Em Amaraji continuou suas atividades literárias,
escrevendo crônicas, poesias e suas “Memórias”, obra esta inédita. Em 1989
publicou o seu primeiro livro “Politicagem de Aldeia”, como ele próprio frisou:
“O único legado que deixo para a família”. Em 1995 é acometido por uma
enfermidade no pâncreas e seu estado geral se debilita, vindo a falecer no
Hospital dos Servidores do Estado em Recife, no dia 30 de agosto do mesmo
ano.
Boa noite
ResponderExcluirO Sr. Professor José da Hora Beda foi irmão do professor Joaquim Rufo Beda,meu trisavô, ambos filhos da minha tataravó Alexandrina C.L. de Melo Beda. Estou pesquisando sobre meus familiares antigos que minha avó tanto falava. Se alguém tiver alguma matéria,informação, fotos sobre ele por favor me contacta pelo email: contatodanielffelix@gmail.com muito obrigado !
ResponderExcluirAtenciosamente :
Daniel Felix.'.
O Sr professor José da Hora Beda, foi irmão do meu Trisavô professor Joaquim Rufo Beda ambos filhos da minha tataravó Alexandrina C.L. de Mello Beda. Se alguém tiver mais informações sobre ele por favor me informa, fotos notícias da época, etc ... Muito obrigado att Daniel Felix .'.
ResponderExcluircontatodanielffelix@gmail.com