quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
sábado, 29 de novembro de 2014
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
terça-feira, 25 de novembro de 2014
sábado, 22 de novembro de 2014
Personalidades de Pernambuco em 1913
Algumas personalidades do Recife, Pernambuco: 1) Dr. Manoel Gomes de Mattos; 2) Dr. Manoel Pontual; 3) Dr. Luiz Corrêa de Brito; 4) Comendador José Maria de Andrade 5) Major Deodoro Corrêa; 6) Frederick Lundgren; 7) O falecido cel. Manoel Antonio dos Santos Dias; 8) O falecido barão de Frecheiras; 9) Major Antonio dos Santos Pontual; 10) O falecido Leocadio Alves Pontual; 11) Dr. H. Bandeira de Mello; 12) J. G. Pereira Lima; 13) H. Perey Caley; 14) Cel. Cornelio Padilha; 15) Dr. Samuel Pontual; 16) Dr. Davino dos Santos Pontual; 17) Dr. José Candido Dias; 18) Comendador José Pereira de Araujo; 19) Adolpho Cavalcanti de Albuquerque; 20) Bento Brito; 21) Dr. André dos Santos; 22) B. H. Tuckniss; 23) Cel. Thomaz d'Aquino Pereira; 24) Augusto Cavalcanti de Albuquerque; 25) Dr. Z. Marques da Silveira Lins; 26) O falecido Hermann Lundgren
O nº 8 é o barão de Frexeiras, o nº 18, o senador Davino Pontual e o nº 18, o comendador José Pereira de Araújo.
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
domingo, 9 de novembro de 2014
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
Os 60 anos de Fundação do Abrigo e Escola de Menores de Amaraji
No dia 28 de fevereiro de 1953, com
fundamento no Código de Menores da República, o juiz de direito da comarca,
bel. José Sirone de Vasconcelos criou o Serviço de Assistência e Proteção aos
Menores de Amaraji. Este órgão tinha por objetivo: assistir e proteger os
menores pobres, abandonados e infratores; inspecionar as suas condições de vida
e proporcionar àqueles em idade escolar e que não frequentavam nenhuma escola,
o ensino primário gratuito, mediante matrícula compulsória e ensino
profissional àqueles em idade e condição de aprendizagem.
O Serviço de Assistência e Proteção aos
Menores mantinha uma escola com matrícula superior a cinquenta alunos,
funcionando nas instalações do Grupo Escolar Dom Luiz de Brito. Cada aluno
recebia gratuitamente um uniforme de brim mescla, material escolar e uma
merenda diária. Os mais velhos eram encaminhados a oficinas particulares,
aprendendo as profissões de sapateiro, ferreiro, funileiro, alfaiate e
cabeleireiro.
Com o pensamento de dar uma menor
assistência àqueles menores e adolescentes, surgiu a ideia da construção de um
imóvel que servisse de escola e moradia para os mesmos. Com esse pensamento,
juiz, prefeito, empresários locais e o povo do município alavancaram o projeto
da construção do Abrigo e Escola de Menores. O terreno foi cedido pelas
Indústrias Luiz Dubeux S. A., proprietárias da usina União e Indústria. Além do
terreno de três hectares, o empresário Luiz Dubeux Júnior doou a importância de
doze mil cruzeiros. O Governo do Estado abriu um crédito especial de cinquenta
mil para a obra. Outras doações: o industrial João Pessoa de Queiroz, cinquenta
mil; a firma Siqueira Cavalcanti Irmãos, doze mil; o Dr. Antônio Alves de
Araújo, doou a madeira do teto avaliada em doze mil; os herdeiros de Liberato
José Marques, dez mil e o Sr. Moisés Rodrigues Esteves, cinco mil cruzeiros.
Em 1953, na época da campanha para
construção do Abrigo e Escola de Menores de Amaraji, Álvaro Soares de Melo e a
professora Elvira Sotero Fontes foram os dois maiores suportes no trabalho do
juiz da comarca, Dr. José Sirone de Vasconcelos, o idealizador do projeto,
percorrendo os vários recantos do município em campanha para angariar donativos
para a construção do prédio e inauguração de suas instalações. O abrigo
destinava-se a atender menores carentes, órfãos, ou meninos de rua, em regime
de internato, proporcionando-lhes educação primária e ensino de algum ofício
para que eles fossem inseridos no mercado de trabalho da cidade.
O Abrigo começou a funcionar no segundo
semestre de 1954. Os menores carentes e sem família viviam internos na
instituição, onde estudavam e aprendiam algum ofício. A instituição funcionava
em regime de internato e externato. Eram internados os menores encontrados em
estado de completo abandono a partir dos seis anos de idade e os delinquentes
(termo usado na época), para cumprimento de medidas aplicadas por fato
considerado infração penal. Anexo ao prédio do abrigo havia uma escola para
ambos os sexos que funcionava em dois turnos, estando lotadas na mesma uma
professora estadual e uma municipal.
Na escola, além dos menores internos eram
matriculados, compulsoriamente, os abandonados intelectuais, a cujos pais
sempre faltam idoneidade moral ou recursos econômicos para compeli-los a
aprender as primeiras letras.
Os internos recebiam alimentação, assistência
médica, vestuário e tudo mais que necessitavam, gratuitamente. Aos externos
eram fornecidos o material escolar, fardamento e assistência médica em seus
lares, notadamente, em caso de enfermidade de acordo com as possibilidades de
cada um e as do abrigo.
A instituição possuía oficina de sapateiro,
alfaiate, corte e um campo para plantações, destinados à iniciação profissional
e agrícola.
Em 1958, a instituição era mantida com uma
percentual da Taxa de Assistência aos Menores Abandonados, criada pela Lei nº
2.117, de 27 de novembro de 1956; vez por outra com alguma subvenção
extraordinária do Governo Federal, além de um auxílio de Cr$ 18.000,00,
constante do orçamento do Estado.
O(a) diretor(a) do abrigo era um
funcionário da prefeitura colocado à disposição do Juiz de Direito da Comarca.
Havia também uma senhora que residia no abrigo e exercia a função de censora. O
diretor percebia uma gratificação mensal de setecentos cruzeiros e a censora,
uma de quinhentos. Eram os únicos funcionários da instituição, além das duas
professoras. Não conseguimos registros referentes a matrícula de alunos no ano
da fundação, mas, no ano de 1958, o abrigo mantinha 18 menores internos e 76
externos.
Sua primeira diretora foi a professora
Elvira Sotero Fontes. Ela que fora aprovada em concurso da Secretaria de
Educação em 1947, ensinava turmas do supletivo e acumulou o cargo de diretora
da nova instituição.
Começou a funcionar no segundo semestre de
1954.
Em fevereiro de 1955 a professora Abiacy Lins
e Silva foi transferida do DLB para a escola do Abrigo de Menores e em 1961 a
professora Amara Ramos ficou à disposição daquela instituição.
Depois de Elvira Sotero Fontes, passaram
pela direção do abrigo os seguintes diretores: Edmundo França Lima, Amaro
Graciano da Silveira e Antônio Bezerra de Medeiros e Auzírio Rodrigues dos
Santos.
Na
segunda metade da década de 1960, o abrigo começou a cair em decadência e suas
atividades foram encerradas. Em 1968 o prédio foi repassado para a
administração do estado que, após recuperação e adaptação do prédio, inaugurou
em 1969 o Centro Comunitário de Amaraji, administrado pela antiga Fundação
Estadual do Bem-Estar do Menor, FEBEM.
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
sábado, 20 de setembro de 2014
45 Anos da Primeira Festa da Cana de Amaraji - 20 de setembro de 1969
No dia 20 de setembro de 1969, realizou-se a I Festa da Cana de Amaraji. O evento aconteceu nas instalações do Centro Comunitário de Amaraji da antiga FEBEM.
O objetivo da festa era angariar fundos para a festa de natal dos idosos da Vila São Vicente, além de promover um congraçamento entre a sociedade local e das cidades vizinhas, como: Primavera, Escada, Ribeirão e Recife naturalmente.
A programação contou com a prévia eleição da rainha da festa e um grande baile num dos salões do CCA. Compareceram ao evento autoridades estaduais ligadas ao setor canavieiro, além de fornecedores de cana do município, de cidades vizinhas e a sociedade local de modo geral.
Na época, não se falava em grupo musical ou banda. Quem animou o baile foi o Conjunto Sassaruê de Ribeirão. O baile foi realizado nesse salão verde.
quinta-feira, 18 de setembro de 2014
Prédio da Primeira Prefeitura Municipal de Amaraji
O prédio foi inaugurado por Dr. Paulo Pereira de Araújo, prefeito do município, no dia 1º de janeiro de 1915. Há quase 100 anos.
sábado, 9 de agosto de 2014
sábado, 22 de fevereiro de 2014
Prefeitos de Amaraji - Albérico Batista dos Anjos
Albérico Batista dos Anjos nasceu no dia 20 de
janeiro de 1923 em Amaraji. Filho de Modesto Batista dos Anjos e Maria Alice
Batista. Seus avós paternos eram Miguel Batista dos Anjos e Maria Batista de
Barros e, pelo lado materno, Manuel Victor da Silva Hermenegildo e Ursulina
Olímpia da Silva. Modesto Batista e Alice Victor que se casaram no dia quatro
de maio de 1911, tiveram os seguintes filhos: Hibrainha, José Gilberto
(Zezito), Albérico (Beca), Maria Alice (Alicinha), Maria Teresa (Mariú), Nivaldo
José e Murilo, que faleceu criança. Albérico foi batizado pelo padre José
Lamartine Correia no dia 1º de janeiro de 1924. Seus padrinhos foram Hercílio
Victor da Silva e Maria Angelina da Silva.
No início da década de 1940 Albérico transferiu-se
para a cidade de Correntes no sertão do estado para exercer a profissão de
prático de farmácia no estabelecimento comercial de seu tio Hercílio Victor.
Retornou para Amaraji no final daquela década e foi desempenhar o mesmo
trabalho na farmácia Santa Terezinha que pertencia ao Dr. Luís Bandeira de
Melo, um médico que, além da farmácia, mantinha um consultório particular na
cidade e era envolvido com a política local.
Naquele mesmo período ingressou na política
participando do diretório municipal do partido UDN - União Democrática Nacional.
Nas eleições majoritárias de 1950, candidatou-se a vereador e foi eleito obtendo
uma votação de 116 votos. Sua bancada, um grupo de três vereadores, fazia
oposição ao prefeito eleito, Sebastião Gomes de Andrade, filiado ao PSD -
Partido Social Democrata.
Nas eleições de 1954, candidatou-se mais uma vez a
vereador, dessa pelo PR- Partido Republicano e foi reeleito com 106 votos. O
prefeito eleito foi o Dr. Jorge Coelho da Silveira.
Em 1958, Dr. Plínio Alves de Araújo foi eleito prefeito
pela UDN e Albérico Batista foi o seu vice-prefeito.
Em 1950, Dr. Bandeira de Melo encerrou suas atividades
no consultório e mudou-se para Recife. Albérico adquiriu a farmácia Santa
Terezinha, iniciando, então, sua carreira de comerciante no ramo de farmácia.
Em 1959 foi fundado na cidade, o Ginásio São José
da Boa Esperança que funcionava à noite nas instalações do Grupo Escolar Dom
Luiz de Brito. Albérico Batista inscreveu-se e foi concluinte da primeira turma
do ginásio em 1963.
Nas eleições municipais de 1961 ele candidatou-se a
prefeito numa coligação de três partidos: o Partido Social Democrático, Partido
Trabalhista Brasileiro e Partido Socialista Brasileiro. O pleito foi disputado
com Áureo Bezerra, proprietário do Engenho Sete Ranchos, candidato na coligação
da União Democrática Nacional e Partido Trabalhista Nacional. Albérico Batista
obteve 1094 votos e Áureo Bezerra, 911. Seu vice-prefeito foi Sebastião Lopes
da Costa. Para a câmara municipal foram eleitos: Amaro Moraes da Silva, José
Borba Alves, José Teófilo Sobrinho, Severino Barbosa da Silva, Gumercindo
Medeiros, José Otávio Filho, Amaro Graciano da Silveira, Antônio da Mota
Silveira e Luiz Gonzaga da Silva. Ele teve o apoio do então governador Miguel
Arraes de Alencar. Governou o município por um período de seis anos. Em 1964,
houve o golpe e o governo militar aumentou o período de gestão dos prefeitos da
época de quatro para seis anos.
Na época os recursos destinados aos municípios não
eram tão amplos como atualmente. A prefeitura contava apenas com as remessas do
Fundo de Participação dos Municípios. Mesmo assim, ele conseguiu trazer para a
cidade a energia da CHESF que foi inaugurada no dia 10 de agosto de 1964.
A construção de
galerias para escoamento das águas em toda a área central da cidade e o calçamento
das praças Dr. Jorge Coelho da Silveira, Comendador José Pereira de Araújo e de
ruas centrais da cidade foram feitos importantes de seu primeiro governo.
Implantou também
um serviço de abastecimento de água trazida de uma fonte do sítio Camarão,
pertencente ao proprietário rural Gerson Jefferson Barbosa. De início colocou
uma torneira na esquina da rua Dr. Mário Domingues com a Rocha Pontual. As
pessoas enchiam seus vasilhames de transportavam para casa. O encarregado do controle
de distribuição da água era Seu José Goiana. Algum tempo depois, ele construiu um
reservatório no alto do cruzeiro e, de lá, a água era distribuída para a
cidade.
Programou e executou
uma grande comemoração pela passagem dos 100 anos de fundação do município. A
data foi comemorada na primeira semana de setembro. Assessorado pele secretaria
Neide Lins, Dr. Plínio Araújo, funcionários da prefeitura e um grupo de pessoas
da comunidade, uma série de eventos foi organizada. Exposição na Rádio Educadora,
um grande desfile escolar com a participação da Filarmônica Quatro de Outubro,
da Banda Marcial de Ipojuca, Banda do Colégio São José, de uma representação do
Colégio Nossa Senhora da Escada, do Grupo Dom Luiz de Brito e das escolas municipais.
Em sua primeira
gestão, ocorreu o golpe militar de 1964 e os mandatos dos prefeitos foram
estendidos de quatro para seis anos. Ele governou a cidade de 1964 a 1969,
sendo sucedido pelo prefeito José Gomes da Silva.
Ao deixar a Prefeitura transferiu-se para Recife
onde gerenciou uma farmácia de um primo. Seus amigos e correligionários, porém,
já preparavam o caminho para sua participação num segundo mandato, o que
ocorreu nas eleições de 1975.
Ele participou daquele pleito filiado ao partido da
ARENA 2 e disputou com quatro candidatos: Álvaro Soares de Melo, ARENA 1; José
Régis da Silva, MDB 1; José Cícero, MDB 2 e José Teixeira de Araújo, MDB 3.
Saiu vitorioso e, juntamente com seu vice-prefeito, Severino Fabrício da Silva,
obteve 1674 votos do eleitorado. Em 1975 a Câmara Municipal ficou composta dos
vereadores: Josefa da Silva Fabrício, José Vicente Ferreira, Severino Barbosa
da Silva, Amadeu Cordeiro da Silva, Sebastião Agostinho Ferreira, Manoel
Fabrício da Silva e Gilberto Benigno de Barros.
Nesta segunda administração do município, podemos
destacar o trabalho realizado na melhoria da educação. Com a criação do Programa
de Desenvolvimento da Educação Rural – PRODERU, criado pela secretaria estadual
de educação para atender os municípios, foram contratados vários professores
habilitados para as escolas da zona rural. Os professores chamados de leigos,
ou seja, aqueles que não tinham tido oportunidade de cursar o magistério,
puderam participar de um curso à distância mantido pelo Centro de Treinamento
de Professores do Estado de Pernambuco - CEDEPE de Nazaré da Mata, os quais
após concluírem o curso pedagógico, passando a receber o salário mínimo.
A Comissão Municipal do Movimento Brasileiro de
Alfabetização – MOBRAL teve uma atuação muito destacada em sua gestão. Foram
expandidas as turmas de alfabetização e criadas hortas comunitárias na zona
rural. Na cidade foram ofertados cursos de corte e costura, bordado, crochê e
renascença. Também foi inaugurado um Posto Cultural do Mobral, dotado de uma
pequena biblioteca, instrumentos musicais e um aparelho de rádio. Na época, a
Mobralteca, caravana cultural do MOBRAL, visitou a cidade e promoveu uma semana
de atividades para a população.
A Superintendência de Campanhas de Saúde Pública -
SUCAM também teve um papel importante na gestão de Albérico Batista. Foi
diagnosticado que 45% da população do município era portadora de esquistossomose.
A SUCAM construiu 1.300 privadas, 200 banheiros e 40 lavanderias em áreas da
periferia urbana.
Uma unidade da Fundação Serviço Especial de Saúde
Pública - FSESP foi inaugurada na cidade em 1978.
No dia 11 de julho de 1981, o ministro Waldir
Arcoverde, da Saúde, ao lado do governador Marco Maciel, inaugurou o serviço de
abastecimento d´água que passou a beneficiar toda a cidade, uma realização da
Fundação SESP.
Na mesma ocasião, foi inaugurado o sistema
telefônico da cidade com a presença dos dirigentes da TELPE. A primeira ligação
foi feita pelo deputado Nilson Gibson para sua mãe, dona Lourdes Gibson, no
Recife. A segunda, do governador para Sra. Tereza Schertz, filha de Albérico
Batista, no estado do Illinois, Estados Unidos.
Outra grande obra foi a pavimentação asfáltica da
PE-63. A rodovia foi inaugurada no dia xxx de janeiro de 1982, com a presença
do governador Marco Maciel e de diversas autoridades da capital e pessoas da
comunidade. Essa estrada era uma aspiração de longas décadas dos moradores do
munícipio.
Ainda no mesmo dia o governador Marco Maciel
inaugurou o SAAE - serviço de abastecimento d´água da cidade. Este serviço
passou a ser mantido e administrado pela fundação SESP.
Nessa gestão o munícipio participou mais de uma vez
da Feira dos Municípios.
Albérico Batista postulou a cadeira de prefeito
pela terceira vez, filiado ao PSB, tendo com o vice-prefeito Adailton Antônio
de Oliveira e foi eleito no dia 13 de outubro de 1988. Disputou as eleições com
Aprígio Ricardo da Silva (PT), Gilberto Benigno de Barros (PDT), José Cícero
(PMDB) e Mário Araújo da Silveira (PDC).
A
Câmara Municipal ficou composta dos seguintes vereadores: Amaro Eugênio da
Silva (PMDB), Edinaldo Silveira de Andrade (PMDB), Genival Francisco da Silva (PSB),
Jânio Gouveia da Silva (PMDB), José Mário Moraes da Silva (PSB), José Paulino
Rodrigues (PTB), Mildo Bernardo Cavalcanti (PTB), Rildo Reis Gouveia (PSB) e
Severino Fabrício (PMDB).
Seu
secretariado ficou assim organizado: Maria Aline da Costa Gomes Cavalcanti,
secretária executiva; Tânia Maria de Vasconcelos Batista, chefe de gabinete;
Abiacy Lins Alves de Andrade, secretária de educação; Maria Edjane Medeiros
Silva, secretária de finanças; Horácio Antônio da Silva, secretário de obras e
Dr. Jorge Fernando Pinto Pereira, secretário de saúde. Após alguns meses, a secretária
de educação deixou o cargo e foi substituída pela professora Denise Fontes Moraes.
Enfrentando
muitas dificuldades, principalmente de ordem financeira, em decorrência da
frustrada reforma tributária que não havia saído do papel, ele procurou
trabalhar administrando problemas da área social em atendimento à população
carente.
Eram
muitas as reivindicações e, diariamente, seu gabinete vivia repleto de pessoas
em busca de todo tipo de ajuda: material escolar, roupa, remédio, passagens,
alimentação, emprego, etc. Na medida do possível, ninguém saia de mãos vazias.
Ele
sempre defendeu a tese de desapropriação de terras no entorno da cidade para a
ampliação da própria cidade e execução de projetos que viessem a beneficiar as
famílias de baixa renda.
Com
criatividade, dedicação, competência e controle na aplicação das verbas
arrecadadas, insignificantes para a execução de obras e tantas solicitações do
povo pobre e necessitado, Albérico Batista chegou ao final de seu mandato com
um saldo positivo de realizações, principalmente nas áreas de educação e saúde.
Acabou com o empreguismo e fez economia para investir nas áreas sociais, diante
do quadro de desespero de muitas famílias que dependem do poder público para
sobreviver. Durante todo esse tempo, ele lutou para não paralisar os serviços,
tendo em vista a ausência de recursos federais e estaduais, sempre escassos.
Com pouco dinheiro da própria prefeitura iniciou a construção de um dos maiores
hospitais do interior, para acabar com o transporte de pessoas doentes a outras
localidades. Conseguiu também reativar a maternidade Dr. Jorge Coelho da
Silveira e construiu e inaugurou um novo matadouro da cidade.
Em
seu terceiro mandato, sua equipe de governo ficou formada assim: Terezinha de
Vasconcelos Batista, primeira-dama, secretária de Assistência Social; Tânia
Maria de Vasconcelos Batista, oficial de Gabinete; Maria Aline Costa
Cavalcanti, secretária Executiva; José Gilberto Batista, secretário de
Coordenação; Nivaldo José Batista, diretor de Saúde; Horácio Antônio dos
Santos, secretário de Viação e Obras Públicas; Denise Maria Sotero Fontes Moraes,
secretária de Educação e Maria Edjane Medeiros da Silva, secretária de
Finanças.
O
setor de educação dentro do lema “Aqui o Povo Participa” teve destacada
atuação. Foram feitos investimentos consideráveis nessa área, com retorno em
termo de qualificação do ensino oferecido ao alunado da rede municipal. Foram
ampliadas e reformadas várias unidades escolares, destacando-se a Escola Nossa
Senhora de Fátima na Vila do mesmo nome, aumentando o atendimento para 300
alunos. Foram adquiridos 400 carteiras escolares, kits de material escolar,
fogões e botijões de gás bem como material de reposição. Foram criadas duas
novas escolas na zona rural, nos engenhos Girassol e Manhoso. Professores foram
capacitados em língua portuguesa e matemática e os supervisores capacitados em
recursos humanos para melhor atender a clientela.
Em
relação à educação infantil, o pessoal das creches Menino Jesus e Sonho de
Mamãe foram capacitados do mesmo modo.
Uma
das maiores obras da gestão se Albérico Batista foi, sem dúvida, a construção
do hospital municipal, um sonho antigo da comunidade que começou a ser
concretizado. O hospital recebeu o nome de Alice Batista numa homenagem à
genitora do prefeito.
A
secretaria de Trabalho e Ação Social, dirigida pela primei-dama, também teve uma
atuação de destaque. Um convênio com a L.B.A. permitiu que 800 registros de
nascimento fossem pagos. A L.B.A. também colaborou com a construção de 300
provadas e banheiros e reformas em mais 100 que já estavam instaladas na
periferia da cidade.
Foram
implantados 2.500 m de calçamento na cidade além de bueiros em estradadas
vicinais. Além disso, a secretaria de Viação e Obras Públicas realizou
consertos em prédios escolares na zona rural.
Em
1992, ele criou a FUSAMA – Fundo de Proteção à Saúde e Meio Ambiente, uma
organização da sociedade civil de direito privado e interesse público para
combater a pobreza e a exclusão social através de estratégias de
desenvolvimento sustentável focada nos princípios da viabilidade econômica com
justiça social e preservação do meio ambiente. Os programas da FUSAMA são
destinados à educação, saúde, organização comunitária, agroecologia e produção
de justiça.
Albérico Batista casou-se com Terezinha de
Vasconcelos Alves, filha de Erasmo de Vasconcelos Alves e Levina Alves no dia
30 de março de 1949. O ato do casamento civil, presidido pelo juiz Dr. Luís
Regueira Carneiro da Cunha, realizou-se na residência do Sr. Victor Alves, avô
da noiva. Serviram de testemunhas do casamento civil o Sr. Ildefonso de
Vasconcelos Filho e sua esposa Leonila Vasconcelos residentes em Recife e o Sr.
Valdecilo Oton de Melo e sua esposa Sra. Hibraina Batista de Melo residentes em
Olinda. No casamento religioso, realizado na matriz de São José do Amaraji pelo
padre José Maria, serviram de paraninfos o Dr. Luís Bandeira de Melo, médico da
cidade e sua esposa Sra. Valdenice Bandeira de Melo e o Sr. José Rufino de
Brito e Sra. Margarida Cavalcanti de Brito da sociedade local. O casal teve a
seguinte descendência: Tânia de Vasconcelos Batista que foi casada com Nivaldo
Gouveia da Silva; Marcos de Vasconcelos Batista, falecido, foi casado com Maria
Elizabete Medeiros e Tereza de Vasconcelos Batista, casada com Randal Wayne
Schertz.
“Seu Beca” era aquele ser humano de o coração
tamanho-família. Por sua larga experiência e conhecimentos em farmácia e
medicamentos, numa época em que a cidade só dispunha de um médico que atendia
de segunda à sexta, ele atendia dezenas de pessoas em sua residência, inclusive
nos finais de semana. Durante as férias escolares sua casa assemelhava-se a um
grande albergue da juventude. Ele e Terezinha, sempre hospitaleiros, acolhiam de
coração aberto seus sobrinhos e parentes que residiam em Recife, os quais ainda
traziam amigos para passar férias na cidade.
Na qualidade de
gestor municipal em três legislaturas, realizou importantes conquistas para o
município nas áreas da educação, saúde e meio ambiente. Procurou conduzir o
município rumo ao desenvolvimento sustentável, sendo responsável por obras
estruturadoras como estradas, saneamento, comunicação e construção do hospital
municipal. Sua trajetória política foi marcada pela ética e solidariedade,
destacando-se como um líder de propostas sólidas com pé no chão e visão de
futuro.
domingo, 9 de fevereiro de 2014
sábado, 8 de fevereiro de 2014
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
A Visita do Bispo D. Luiz de Brito à Vila de Primavera em 1902.
Escrevem-nos
de Primavera, povoado pertencente ao município de Amaragy, em data de 27 de
janeiro:
“Bem
grata deve ter sido ao nosso presado bispo a recepção que lhe fizeram os
primaverenses, no dia 24 do corrente.
Mais
de duas mil pessoas, precedidas da banda musical da localidade, foram pela
manhã esperar o trem especial da usina Santos
Dias, em que vinham o illustre prelado
e os srs. coronel Santos Dias e sua exma. Família, barão de Contendas e outras
pessoas distinctas da Escada e de Amaragy.
Ao
chegar o comboio espocaram foguetes, houve repiques de sinos e s. exc. seguiu d´alli,
acompanhado pela numerosa multidão, atravessando a rua do Commercio
festivamente ornamentada, até a capella.
Nesse
templo s. exc. fez elequente alocução e ao terminar abençoou a todos os
ouvintes.
O
pequeno Raul, filho do negociante d´aqui, capitão José Amaro da Costa e Silva,
saudou, em phrases comovidas, s.exc., que o abraçou carinhosamente, recitando
em seguida uma inspirada poesia o intelligente menino filho do sr. Guilherme
Pinto, Gustavo, que se achava aqui passando as férias em casa do sr. Costa e
Silva, seu parente, e que tambem foi abraçado pelo exm. Bispo.
Em
seguida a pequena Beatriz, sobrinha do sr. Costa e Silva, representando outras creanças
do logar, ofertou um lindo bouquet de
flores naturais a D. Luiz, que recebendo-o, agradeceu com a amabilidade que lhe
é peculiar.
Au
sahir s. exc. da capella para tomar o trem que o devia conduzir á estação de
Frexeiras ainda foi seguido pelo povo que o saudava, deixando a todos a sua
benção e as suas despedidas.
A
musica tambem acompanhou-o misturando o som de seus instrumentos às manifestações
de alegria da população deste povoado.
Doces
recordações nos deixou o exmo. bispo em sua visita a este logar, cujos
habitantes se orgulharam com a presença de tão distincto sacerdote.”
Notícia
publicada no jornal “A Província” de 8 de fevereiro de 1902.
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
A Iluminação a Álcool da Cidade de Amaraji em Janeiro de 1904.
Eram
seis horas da tarde quando numeroso préstito, puxado pela philarmonica de
Aripibú, dirigiu-se á prefeitura afim de saudar o prefeito coronel Liberato
José Marques.
Fizeram-se
ouvir em nome dos manifestantes os srs. dr. Josino da Camara Lima, Eduardo de
Carvalho, drs. José Bezerra e João de Macedo França, que foram muito
aplaudidos.
Depois
de curto intervallo falou ainda o sr. Eduardo de Carvalho, apresentando duas
gentis senhoritas, filhas do prefeito, ao dr. José Bezerra, as quais entregaram
a este ultimo dois artísticos bouquets
como uma demonstração de apreço ao illustre propagandista da illuminação pelo alcool.
O dr.
José Bezerra agradeceu a delicada oferta.
Em
seguida foram acesas as vinte lampadas das Monopole, que continuam dando á
noite um attrahente aspecto á sede deste municipio.
Durante
o acto, a philarmônica de Aripibú tocou varias peças, sendo grande o numero de
assistentes, entre os quais se notavam um grande numero de agricultores e negociantes.
Foram
seguidos vivas ao prefeito e ao dr. José Bezerra.
Eram 10
horas da noite quando se dissolveu a agglomeração, depois de ter usado da
palavra o dr. José Bezerra, agradecendo o concurso de todos áquella festa de
trabalho e declarando esperar que, em breve tempo, o querosene não entrará mais
naquelle municipio, onde o liquido nacional, depois de bem conhecido com a illuminação
publica, que se acaba de inaugurar, triunphará em todas a linha.
Nessa
ocasião o illustre concelheiro José Carneiro communicou ao dr. José Bezerra e ás
demais pessoas presentes, pedindo-lhes tornassem bem publico, que em Amaragy
gosarão o abate de 10% em todos os
impostos municipais as casas de commercio que foram inteiramente illuminadas a alcool.
Na residencia
do coronel Liberato servio-se depois, ás 10 e meia, um lauto jantar, sendo-se au dessert brindados a família do mesmo
coronel e o padre Bento que se achava presente.
Terminou
a festa ás 11 horas, reinando sempre muita ordem e entusiasmo.
Publicado no jornal “A
Província” de Recife no dia 3 de janeiro de 1904.
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Amaragy Civiliza-se.
Figueiredo Pimentel,
o saudoso escritor que criou a elegância carioca, durante o tempo de sua nobre
campanha, tinha uma frase que se tornou celebre: o Rio civiliza-se. Pois bem,
agora um prefeito de Amaragy, em Pernambuco resolveu ser um novo Figueiredo
Pimentel. Não sabemos se esse funcionário tem o talento e escreve como o nosso
sempre lembrado companheiro de trabalho...
Mas o facto é que
adotou por divisa de sua administração isto: Amaragy civiliza-se. Nesse sentido
não tem desfallecimento nem vacillações. Ora, na séde do antigo municipio de
Cambão Torto, hoje Amaragy, existe uma praça que é Bois de Boulogne da zona.
Aos domingos aquele local é maravilhoso.
Todas as bellezas,
todas as elegancias cambãotortense lá se reunem, havendo um uma verdadeira “big
parede” mundana, com imenso gaudio do Prefeito, que a tudo assiste encantado.
Mas o Prefeito de Amaragy não concorda com a indumentaria de certos “dandies” que
por lá surgiram. Por isso, baixou um decreto impondo as seguintes condições:
quem se apresentar vestido, calçado, de collarinho e gravata, chapeu de cidade,
não paga nada: quem se apresentar descalço ou sem colarinho e gravata, paga dez
cruzados: quem se apresentar nu da cintura para cima paga dez cruzados: quem se
apresentar despido paga 20 cruzados e vai para a Cadeia.
Como se vê, Cambão
Torto civiliza-se. O Prefeito está dando a seus collegas um bello exemplo a
imitar. Dentro em pouco, S. José do Amaragy poderá em “chic”, concorrer com o
Rio de Janeiro.
O prefeito da época
era Fausto da Silva Pontual.
domingo, 19 de janeiro de 2014
Visita do Jornal "A Província" a Amaraji em Outubro de 1928.
A
uns cento de doze quilômetros ao sudoeste, situada a 8º 26, de Lat, Sul e a 7º e
48 de Long, Or.do Rio de Janeiro a cidade de Amaragy está cercada por uma zona agrícola
uberrima e é sede do municipio e da comarca do mesmo nome bem como da freguezia
de São José da Boa Esperança.
A
Araujopolis como lhe apelidou alguem olha para o ocaso recebendo sempre em
cheio os raios beneficos do sol e se envaidece da salubridade de seu clima especialmente
na ultima phase do anno. A sua temperatura media é de 20 graos centigrados na
estação chuvosa e 24 no estio, na a incomodando jamais nem um frio intenso e
nem tampouco um sol ardente que abrasa e amollenta. A sua vida sanitaria apesar
de não possuir uma higyene rigorosa é bôa não se verificando jamais casos epidemicos
de prognostico grave. Para corroborar estas impressões sobre as condições de
salubridade de Amaragy, basta lembrar que, quando a epidemia hespanhola
assolava o mundo inteiro, espalhando o luto e a dor, dois óbitos nessa terra
não foram verificados.
Seu territorio comprhendendo 40 kilometros
quadrados com uma população relativa de 625 habitantes por k. q. é geralmente
acidentado: salientam-se na sua geografia, as serras dos Amaragys, da Amora, do
Ceu, do Vento, Queimada, Pixanana com uma admirável e colossal pedra, e a dos
cocos com uma altitude de 700 a 800 metros. A cidade de Amaragy está situada
numa posição topographica excellente que torna fácil adaptal-a ás exigencias de
uma cidade moderna e aprazivel apesar de não ser plana. O que sentimos, nós amaragyenses,
é não poder gosar dessa privilegiadas
condições physiographicas, por falta ainda de calçamento, de avenidas, de uma
bôa illumnação. Todavia, os poderes municipais de há muito veem de empenhando
em melhorar a cidade, já estando em andamento os esgotos nas principais ruas
feitos em cimento e pedras, bem como, bem como os trabalhos para a iluminação que
prosseguem animados.
Amaragy,
apesar de sua simplicidade e modestia possui estação de estrada de ferro, cadeia
publica, um cemitério recentemente construído, mercado publico, cujos trabalhos
se acham aliás interrompidos, igreja-matriz, que promete ser um dos mais belos
templos da religião catholica no interior de nosso Estado, o Collegio São José,
fundado em fevereiro do corrente anno e que já possui um regular numero de alunos.
Escrevendo
estas linhas, temos por fim alimentar as nossas largas possibilidades de
progresso e concorrer com o nosso estimulo para que os homens publicos de
Amaragy dediquem os seus melhores esforços ao adiantamento desta terra
futurosa. Amaragy, Set. 1928. J. C. S. P. (Provavelmente, Jorge Coelho da
Silveira, professor).
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