quinta-feira, 20 de outubro de 2011

1 - Os Descobridores de Amaraji


No início do século XIX, Manoel Alves da Silva, um português de Trás-os-Montes, antiga província de Portugal, chegou a Pernambuco acompanhado de seus familiares. Estabeleceu-se no engenho Aripibu, em Escada, na qualidade de rendeiro. Ali, ele se dedicou ao cultivo da cana e criação de gado. Conseguiu economizar muitas moedas de ouro para comprar, à vista, uma grande área, coberta de matas virgens, cortada pelo rio Amaraji, no Quarto Distrito da Paz da freguesia de Nossa Senhora da Escada. Naquela imensa área, foi fundado o engenho Amaraji e dele, desmembrados, os engenhos Autonomista, Garra, Tapuia e Raiz de Fora, todos da família.
Naquela época, além do cultivo da cana-de-açúcar, da mandioca e da banana, outra atividade da região era a exploração da madeira. As árvores  eram cortadas e as toras lançadas no rio Amaraji que se encarregava de transportá-las com suas águas caudalosas. Seguiam pelo rio Sirinhaém e chegavam até o mar.
Em 1837, o português Manoel Alves da Silva já havia construído no engenho, uma pequena e rústica capela, dedicada a Nossa Senhora da Conceição. Lá, existia também uma casa de farinha.  Com muita garra, autoridade, tenacidade, o trabalho de dezenas de escravos e a produção do engenho bangüê, ele teve sua fortuna aumentada. Era um homem rústico, comparado por um pesquisador a um "boi-cambão". Seu programa de administração era: DEUS, ESCRAVIDÃO, TRABALHO E TRONCO. Deixou uma grande fortuna para seus descendentes.
Manoel Alves da Silva foi pai de vários filhos, entre eles, Antônio Alves da Silva, o Barão de Amaraji.

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